A imagem mostra uma vista panorâmica do Monte Vesúvio, com seu imponente cume vulcânico ao fundo, cercado por uma vasta área urbana. A cidade se estende pela planície, com casas, edifícios e vegetação espalhados, enquanto o céu está limpo, destacando o contraste entre a modernidade da cidade e a natureza poderosa do vulcão.

Parque Nacional do Vesúvio

A imagem mostra a cratera do Monte Vesúvio, com sua forma impressionante e suas encostas cobertas de vegetação e marcas vulcânicas. Ao fundo, é possível ver o Golfo de Nápoles e a cidade, parcialmente cobertos por nuvens, destacando o contraste entre a natureza e a vida urbana. O cenário transmite a grandiosidade e a força natural do vulcão, que é um dos mais icônicos do mundo.

O Monte Somma, parte integrante do complexo vulcânico do Vesúvio, teve suas origens há mais de 400.000 anos, quando a atividade vulcânica na região começou debaixo do mar.

A princípio, as erupções submarinas no Golfo de Nápoles foram responsáveis por acumular camadas de lava e cinzas no fundo do oceano. Com o tempo, essas erupções constantes fizeram com que esse material vulcânico se acumulasse até que, eventualmente, começou a emergir acima da superfície do mar, formando uma ilha vulcânica.

À medida que o vulcão continuava a entrar em erupção, essa ilha foi crescendo em tamanho e altura, e o que antes era uma formação vulcânica submersa se transformou em uma montanha de grande porte. Este foi o início do que viria a ser conhecido como Monte Somma. A montanha continuou a se expandir com a deposição de materiais vulcânicos de repetidas erupções ao longo de milhares de anos.

Com o passar do tempo, o local passou por transformações. Durante um período de grande atividade vulcânica, houve uma série de erupções explosivas que levaram ao colapso parcial da estrutura do vulcão. Esse colapso criou uma grande depressão, ou caldeira, no topo da montanha. Esse fenômeno, comum em vulcões, ocorre quando o magma é expelido rapidamente, esvaziando a câmara magmática e fazendo com que o topo do vulcão desabe sobre si mesmo. A partir desse momento, o Monte Somma passou a ter a forma de uma cratera aberta em forma de ferradura.

Origem do Vulcão Vesúvio

O Vesúvio existe devido à atividade tectônica na região onde está localizado, na convergência das placas tectônicas da Eurásia e da África. Essa área, conhecida como a margem convergente, é onde a placa africana está lentamente subduzindo, ou deslizando por baixo, da placa eurasiática. Esse movimento gera uma intensa pressão e fricção, que resulta na fusão das rochas no manto terrestre, formando magma. Esse magma, sendo menos denso do que as rochas ao redor, sobe em direção à superfície.

Monte Somma x Vesúvio

O Monte Somma é uma parte do vulcão que foi ativa no passado, mas agora está inativa e não tem mais erupções, enquanto o Vesúvio, que se formou dentro do Monte Somma, continua a ser ativo e pode entrar em erupção a qualquer momento. É como se o Monte Somma fosse a “casca” antiga e o Vesúvio, o “novo” vulcão que ainda está ativo.

Erupções

A imagem mostra um vulcão em erupção, com uma imensa nuvem de fumaça escura e cinzas sendo expelida de sua cratera. A paisagem ao redor é árida e coberta por rochas vulcânicas, enquanto a fumaça densa se espalha pelo céu, criando uma atmosfera dramática e poderosa. A cena transmite a força e o impacto devastador de uma erupção vulcânica.

A primeira erupção do Vesúvio registrada pela história ocorreu em 79 d.C. Essa erupção catastrófica é uma das mais famosas da antiguidade, pois destruiu as cidades romanas de Pompeia (20.000 habitantes) e (10 km), Herculano (5.000 habitantes) e (7km), Estábia (2.000 habitantes) e (16km) e várias outras vilas ao redor do vulcão, causando a morte de milhares de pessoas.

O relato mais detalhado dessa erupção foi feito por Plínio, o Jovem, que observou o evento de uma distância segura e escreveu cartas descrevendo o que aconteceu. Esse relato é tão importante que hoje esse tipo de erupção explosiva é conhecido como “erupção pliniana”.

Dias antes da erupção: A região do Vesúvio já havia apresentado sinais de alerta antes da erupção, com tremores de terra que foram sentidos por moradores locais. No entanto, como pequenos terremotos eram comuns na área, esses sinais não foram reconhecidos como precursores de um desastre iminente.

Primeira fase da erupção (24 de agosto de 79 d.C.): Na tarde do dia 24 de agosto, o Vesúvio entrou em erupção. Uma coluna gigantesca de gases, cinzas e pedras-pomes foi lançada para o céu, chegando a uma altura de 33 quilômetros. De longe, a nuvem parecia uma grande árvore com forma de “pinheiro”, como descreveu Plínio, o Jovem. As cinzas e os fragmentos de rocha começaram a chover sobre Pompeia e outras áreas ao redor, causando pânico entre os moradores. Muitas pessoas tentaram fugir da cidade, enquanto outras buscaram abrigo em suas casas.

Queda de cinzas e pedras-pomes: Nas primeiras horas da erupção, uma enorme quantidade de pedras-pomes e cinzas começou a se acumular sobre Pompeia. Os telhados das casas começaram a desabar sob o peso dos detritos, matando algumas pessoas que estavam se abrigando dentro de suas residências. Herculano, que estava localizada mais próxima do Vesúvio, foi inicialmente poupada da queda de cinzas, mas isso mudaria drasticamente mais tarde.

Fluxos piroclásticos (25 de agosto de 79 d.C.): Na madrugada do segundo dia da erupção, ocorreu o fenômeno mais devastador: fluxos piroclásticos – nuvens extremamente quentes de gases, cinzas e fragmentos de rocha, que se movem em alta velocidade ladeira abaixo do vulcão. Esses fluxos atingiram Herculano primeiro, enterrando a cidade em uma espessa camada de material vulcânico a temperaturas tão altas que a maioria das vítimas morreu instantaneamente. Pompeia, embora mais distante, também foi atingida por fluxos piroclásticos pouco depois, matando rapidamente qualquer pessoa que ainda estivesse na cidade.

Destruição total: No final do segundo dia, Pompeia, Herculano e outras áreas ao redor do Vesúvio estavam completamente soterradas. Pompeia ficou coberta por uma camada de cinzas e pedras-pomes de até 6 metros de espessura, enquanto Herculano foi sepultada por material vulcânico muito mais denso, com até 20 metros de profundidade. A maior parte da destruição em Pompeia foi causada pela queda de cinzas e pedras-pomes, enquanto Herculano foi devastada pelos fluxos piroclásticos.

Impacto Geológico: A erupção do Vesúvio em 79 d.C. foi extremamente poderosa, com uma estimativa de liberação de energia comparável a várias bombas atômicas. A coluna de erupção ejetou grandes quantidades de gases tóxicos, como dióxido de enxofre, que escureceram o céu e bloquearam a luz solar, causando uma sensação de noite mesmo durante o dia.

Período de dormência (79 d.C. a 1631): Após a erupção de 79 d.C., o Vesúvio entrou em um longo período de dormência, sem erupções significativas por cerca de 1.500 anos. Durante esse tempo, a região ao redor do Vesúvio continuou a se desenvolver, e as pessoas eventualmente esqueceram a ameaça iminente do vulcão.

Erupção de 1631: Uma das mais violentas desde a de 79 d.C., essa erupção causou grandes danos, matando cerca de 4.000 pessoas e destruindo várias cidades ao redor.

Erupções nos séculos XVIII e XIX: O Vesúvio teve uma série de erupções durante esses séculos, algumas maiores e outras menores, mas todas afetando as comunidades ao redor. Erupções ocorreram em 1737, 1767, 1794, 1822 e 1872.

Erupção de 1906: Esta foi uma das mais devastadoras do século XX, matando cerca de 100 pessoas e destruindo a cidade de Boscotrecase.

Erupção de 1944: Durante a Segunda Guerra Mundial, o Vesúvio entrou em erupção novamente. Embora essa erupção tenha causado menos mortes, ela destruiu várias aldeias e danificou aviões e bases militares dos Aliados.

Padrões dos Ciclos

Os ciclos do Vesúvio não seguem um padrão regular e podem variar de erupções explosivas massivas, como a de 79 d.C., a erupções menores e mais frequentes. O vulcão tende a alternar entre períodos de calmaria, que podem durar séculos.

Curiosidades

As ejeções piroclásticas, ou fluxos piroclásticos, são um dos fenômenos mais perigosos e devastadores em erupções vulcânicas. Elas ocorrem quando uma erupção explosiva lança uma grande quantidade de materiais, como gases vulcânicos, cinzas, fragmentos de rocha e lava pulverizada, na atmosfera. Esses materiais formam uma coluna de erupção que, ao perder sustentação, colapsa e começa a descer rapidamente pelas encostas do vulcão.

Esses fluxos são extremamente quentes, podendo atingir temperaturas entre 200°C e 700°C, e, em alguns casos, até 1000°C. O calor intenso, combinado com a grande quantidade de gases tóxicos, torna os fluxos piroclásticos altamente letais. Eles podem destruir tudo em seu caminho, incinerando construções, vegetação e qualquer ser vivo que esteja na área afetada. A velocidade é outra característica marcante: os fluxos podem se mover a mais de 100 km/h, chegando a velocidades de até 700 km/h em casos extremos, o que torna impossível escapar deles.

As ejeções piroclásticas foram a causa da maioria das mortes durantes a erupção.

A imagem mostra moldes de corpos de vítimas da erupção do Vesúvio em 79 d.C., encontrados nas escavações de Pompeia. Os corpos, preservados pelas cinzas vulcânicas, revelam detalhes das posturas em que as pessoas foram encontradas, capturando o momento trágico em que foram surpreendidas pela erupção. O cenário é impactante e remete ao desastre histórico que destruiu a cidade.

Os moradores de Herculano, em um ato de desespero, tentaram fugir para a orla marítima, acreditando que o mar pudesse oferecer uma rota de escape para a segurança. Muitos se dirigiram para a costa na esperança de refugiar se. No entanto, a tragédia se desenrolou de maneira ainda mais terrível. Embora as primeiras fases da erupção tenham lançado cinzas e pedras sobre a cidade, os moradores que chegaram à beira-mar logo se viram cercados por outro perigo.

As cinzas vulcânicas expelidas pelo Vesúvio chegaram rapidamente à orla, tornando o ar irrespirável e asfixiando lentamente os sobreviventes, embora o calor não tenha sido suficiente para matá-los de imediato. Em 1982, escavações na costa revelaram centenas de vítimas que buscaram refúgio perto do mar, mas acabaram sufocadas pelas cinzas.

A fuga pelo mar tornou-se impossível devido aos blocos de rocha vulcânica arremessados pelo Vesúvio, que atingiram os navios e encheram o Golfo de Nápoles de destroços, impedindo a navegação. A destruição da erupção se espalhou por cerca de 300 quilômetros quadrados ao redor do vulcão e durou 2 dias.

Trilhas

Vale do Inferno

A trilha tem início em Ottaviano, estendendo-se por 12.390 metros e alcançando uma altitude de 1.000 metros acima do nível do mar. É considerada uma das trilhas mais longas e de alta dificuldade

Nesta trilha, você pode encontrar diversos elementos naturais e geológicos. Ao longo do percurso, há clareiras como o Largo Angelo Prisco, que homenageia um financista, e áreas de vegetação ricas em vassouras, coníferas, e amieiros napolitanos.

Ao chegar a uma grande clareira, você verá depósitos piroclásticos, com uma visão do vulcão e da cúpula de lava de 1937, além de formações vulcânicas e fontes eruptivas que se formaram entre os séculos XIX e XX. Também há áreas onde o caminho passa por matagais, rodeado por muros e pináculos de rocha lávica, onde vivem aves como o corvo comum, o falcão-peregrino, e o redstart, uma ave rara e colorida.

Durante a subida ao Cognoli di Levante, você poderá ver, tocar e até entrar em túneis moldados pela lava, com formações conhecidas como “cordas”, que se formaram durante o resfriamento do fluxo de lava. As vistas panorâmicas ao longo da trilha também são um dos destaques.

2 – Ao Longo do Cognoli

A trilha tem 8.134 metros, o que equivale a 8,13 km, e o ponto mais alto do percurso está a 1.112 metros, ou seja, 1,11 km acima do nível do mar. Ela começa em Ottaviano e é classificada como uma trilha de alta dificuldade.

Ao longo da trilha, é possível encontrar uma grande variedade de paisagens e elementos naturais. Inicialmente, o percurso passa por um denso pinhal, seguido por uma floresta com diferentes espécies de árvores, como castanheiros, amieiros napolitanos, bordos napolitanos, azinheiras e alfarrobeiras negras. Também há uma rica fauna, incluindo o pica-pau-malhado, uma ave rara na região.

À medida que a trilha avança, o caminho passa por um bosque de castanheiros, onde o aroma intenso dos cogumelos se destaca. Mais à frente, a trilha atravessa pinhais de pinheiros-bravos e pinheiros de Aleppo, e, depois, a vegetação torna-se mais rasteira, com presença de muros de pedra seca da época Bourbon. Além disso, há vistas panorâmicas das aldeias ao redor do Vesúvio.

3 – A travessia do Monte Somma

A imagem mostra uma trilha cercada por vegetação e delimitada por uma cerca simples de madeira. À esquerda, há uma placa informativa com detalhes sobre o percurso. O caminho segue suavemente para dentro de uma área arborizada, criando um ambiente acolhedor e natural para os visitantes.

A trilha possui uma extensão total de 7.650 metros, o que corresponde a aproximadamente 7,65 quilômetros. Situada a uma altitude de 1.132 metros acima do nível do mar, ou seja, 1,13 km. Tem início na Igreja de Santa Maria delle Grazie em Castello, na região de Somma Vesuviana.

O itinerário circular leva até Punta Nasone, o ponto mais alto do Monte Somma, com 1.132 metros de altitude. A trilha começa em uma antiga estrada chamada Via Traversa, cujos primeiros 800 metros são adaptados para deficientes visuais e físicos, com corrimãos e sinalização tátil. O percurso passa por florestas de castanheiros e gafanhotos negros, com vistas impressionantes do Golfo de Nápoles. A subida se torna íngreme e desafiadora, passando por pontos panorâmicos como Sant’Anastasia. O destino final, Punta Nasone, oferece uma vista do Valle del Gigante, o rio de lava e uma capela com uma cruz, ligadas a ritos religiosos tradicionais.

4 – Reserva Tirone

A imagem mostra uma trilha cercada por árvores densas em ambos os lados, com folhas caídas no caminho. O cenário é natural e tranquilo, com uma cerca de madeira acompanhando a trilha à direita. A vegetação ao redor é verde e exuberante, criando uma atmosfera de tranquilidade e imersão na natureza.

A trilha possui 11.260 metros, o que corresponde a 11,26 km. Ela está localizada a uma altitude de 625 metros acima do nível do mar, o que equivale a 0,625 km. Tem seu início na cidade de Herculano.

Esta trilha, situada na Reserva Florestal Tirone-Alto Vesúvio, desenvolve-se em uma área ampla e predominantemente plana, a trilha percorre cerca de 1.000 hectares de vegetação mediterrânea. Logo após a entrada, há um denso pinhal, fruto dos esforços de reflorestação para estabilizar as encostas do Vesúvio.

As paredes de pedra lávica ao longo do caminho abrigam o “umbigo de Vénus”, uma planta com folhas carnudas e redondas, que floresce ao lado de várias orquídeas silvestres, como a Orchis Serapias cordiera, de flores vermelho-carmesim, e a Orchis morio, cujas flores variam do branco ao roxo-púrpura.

O solo é coberto por vegetação rasteira densa, com plantas como spindleweed, smilax e outras espécies mediterrâneas, como a aroeira, murta, louro, alecrim, e a azinheira, um carvalho perene que surge entre os pinheiros.

A trilha passa pelo que muitos acreditam ser o mítico barraco da bruxa Amélia, personagem dos quadrinhos de Walt Disney.

5 – O Grande Cone (Cratera)

A imagem mostra uma trilha reta cercada por vegetação densa, com árvores altas em ambos os lados. O chão está coberto por folhas, e uma cerca de madeira acompanha o caminho. O cenário transmite uma sensação de tranquilidade e conexão com a natureza.

A trilha, parte de uma praça localizada a 1.000 metros de altitude, no município de Herculano. É importante lembrar que não há estacionamento permitido na área da Piazzale, nem sanitários públicos disponíveis, o que deve ser considerado ao planejar a visita. O estacionamento ao longo da estrada é regulamentado pela Câmara Municipal de Herculano, e recomenda-se garantir o ingresso para a trilha antes de adquirir o estacionamento.

A partir da praça, os visitantes já podem apreciar a bela vista do Monte Somma, incluindo pontos como os Cognoli de Sant’Anastasia e Punta Nasone. O caminho oferece uma visão deslumbrante da subida até a borda do vulcão Vesúvio, prometendo uma experiência única.

Bilhetes para a cratera podem ser comprados através do site oficial https://vesuviopark.vivaticket.it/

6 – Estrada Matrone

A imagem mostra o Monte Vesúvio ao fundo, com uma estrada sinuosa que sobe a montanha, cortando a vegetação esparsa ao longo da encosta. Algumas casas, incluindo uma destacada em vermelho, estão localizadas próximas à base do vulcão. O céu azul e as nuvens leves complementam a paisagem, destacando a imponência do Vesúvio e o percurso que leva até sua cratera.

Tem uma extensão de 14.175 metros, o que corresponde a 14,175 km, e está situada a 1.060 metros acima do nível do mar e começa na Via Cifelli, localizada em Trecase. Essa trilha é classificada como de dificuldade média.

A trilha é uma das rotas mais históricas e panorâmicas para explorar o famoso vulcão. Originalmente construída nos anos 1920 pelos irmãos Matrone, essa estrada foi projetada para facilitar o acesso ao cume do Vesúvio.

Atualmente, a estrada Matrone é uma rota popular para caminhadas e trilhas, proporcionando uma jornada até as proximidades da cratera.

O horário de funcionamento é o mesmo do Grande Cone (Cratera).

7 – Vale Profica

A imagem mostra uma escadaria de madeira cercada por uma cerca rústica, descendo por uma trilha em meio a árvores densas e vegetação verde. O caminho é sombreado pelas árvores, criando uma sensação de tranquilidade e imersão na natureza, enquanto as folhas secas cobrem partes do chão.

A trilha tem uma extensão de 4.382 metros, o que corresponde a 4,382 km, e alcança uma altitude de 730 metros acima do nível do mar. É Classificada como de dificuldade média.

Essa trilha começa na Igreja de Santa Maria alla Scala, onde se encontra a entrada da Via Profica Paliata. O percurso atravessa uma área agrícola diversificada, com árvores frutíferas como figueiras, damasqueiros, cerejeiras e ameixeiras à esquerda, e vinhas, avelãs e castanheiros à direita. É um local rico em vida selvagem, onde aves como o papa-moscas, o rouxinol e, no verão, o colorido papa-figo, com sua plumagem amarela e preta, podem ser avistados.

A caminhada segue de forma gradual, com vistas dos Cognoli di Ottaviano e di Levante, além das encostas orientais do Vesúvio ao fundo. Nos cruzamentos do caminho, é importante manter-se à esquerda para seguir corretamente o itinerário. A combinação de paisagens rurais, diversidade natural e vistas panorâmicas tornam essa trilha uma experiência encantadora.

8 – Trem de Cremalheira

A imagem mostra uma trilha estreita cercada por vegetação, com uma barreira de madeira construída ao longo da encosta para reforçar o terreno. A estrutura de madeira parece robusta, composta por troncos entrelaçados, que ajudam a estabilizar o solo. A trilha segue suavemente ao lado da encosta, criando um caminho seguro e protegido em meio à natureza.

Tem uma extensão de 2.906 metros, o que corresponde a 2,906 km, e alcança uma altitude de 538 metros acima do nível do mar. Classificada como de dificuldade média, ela oferece uma caminhada acessível, com início em São Sebastião.

A trilha “Trem de Cremalheira” refere-se a um percurso histórico no Monte Vesúvio, onde, no passado, existia um famoso trem de cremalheira que levava turistas até perto da cratera do vulcão. Esse sistema, inaugurado no final do século XIX, usava uma técnica de cremalheira para subir as encostas íngremes.

O trem operava por meio de trilhos dentados, que facilitavam a subida das encostas vulcânicas. A linha saía da base do Vesúvio, passava por Herculano e subia até a borda do vulcão, oferecendo vistas incríveis da Baía de Nápoles e das paisagens ao redor.

Infelizmente, o trem de cremalheira foi destruído por uma das erupções do Vesúvio, em 1944, e nunca foi reconstruído. Embora o trem em si não exista mais, a trilha que seguia o antigo trajeto ainda pode ser explorada a pé, proporcionando aos aventureiros uma conexão histórica e panorâmica com a rica herança do Vesúvio.

Ao final da estrada asfaltada, uma fumarola entre blocos de lava revela o calor do vulcão. A partir daí, um caminho de terra ascendente leva os visitantes por uma floresta sombria e rica em vegetação, com espécies como alfarrobeira e castanheiros. O trajeto passa pelo antigo traçado do trem de cremalheira e oferece uma parada panorâmica com vistas impressionantes do Golfo de Nápoles.

9 – Trilha do Rio Lava

A imagem mostra uma trilha rodeada por vegetação rasteira e rochas vulcânicas, com plantas florescendo em tons de verde e rosa ao longo do caminho. Ao fundo, uma colina coberta por árvores mais densas contrasta com o terreno rochoso do primeiro plano. O céu claro complementa a paisagem natural, criando uma sensação de tranquilidade e imersão na natureza vulcânica do local.

A trilha do “Rio de Lava” tem uma extensão de 1.039 metros, o que corresponde a 1,39 km, e alcança uma altitude de 568 metros acima do nível do mar. Classificada como de dificuldade baixa, é ideal para uma caminhada mais leve e acessível. O percurso tem início na Via Contrada Osservatorio, em Herculano.

A trilha do “Rio de Lava” é um percurso fascinante que leva os visitantes ao longo dos antigos fluxos de lava do Monte Vesúvio, proporcionando uma visão das formações vulcânicas. Essa trilha oferece uma experiência imersiva na paisagem geológica da região, onde os visitantes podem observar o terreno acidentado e as rochas escuras moldadas por antigas erupções.

O percurso atravessa áreas onde a lava solidificada cria uma espécie de “rio” petrificado, formando um cenário impressionante de desolação vulcânica. Ao longo da trilha, é possível ver a vegetação que gradualmente reocupou o solo árido, com espécies resistentes crescendo entre as rochas vulcânicas.

O fluxo de lava que forma a trilha remonta à erupção de 1944, a mais recente do Monte Vesúvio. Durante essa erupção, foram liberados impressionantes 21 milhões de metros cúbicos de lava, causando a destruição de diversas áreas habitadas. As cinzas vulcânicas viajaram tão longe que chegaram até a Albânia.

10 – A Olivela

A trilha da Olivella tem uma extensão de 3.730 metros, o que corresponde a 3,73 km, e chega a uma altitude de 537 metros acima do nível do mar. Classificada como de dificuldade baixa, é uma caminhada acessível e agradável. Tem inicio na Via Ulivella, em Sant’Anastasia.

A trilha da Olivella, localizada na zona rural de Sant’Anastasia, leva até as raras nascentes de água da região, situadas a 382 metros acima do nível do mar. O percurso começa no centro de Sant’Anastasia e passa por vinhedos e pomares, onde se destaca o famoso damasco vesuviano, conhecido como “crisommola”. Ao longo do caminho, os caminhantes podem apreciar paisagens rurais e vistas do Monte Somma. O caminho serpenteia entre olivais, daí o nome “Olivella”.

O percurso também revela sinais religiosos da Via Sacra e, ao final, chega às nascentes históricas, cuja água já foi canalizada para o Palácio Real de Portici. A rica fauna e flora, incluindo orquídeas e aves como o rouxinol e a toutinegra, complementam o cenário.

11 – Pinhal Terzigno

A imagem mostra uma passarela de madeira que serpenteia por uma área verde com grama e árvores. A estrutura elevada permite que os visitantes caminhem pela paisagem de forma acessível, cercada por vegetação e oferecendo um ambiente tranquilo e bem cuidado. O cenário é aberto, com árvores espaçadas e um caminho claramente demarcado, proporcionando uma experiência serena na natureza.

A trilha tem uma extensão de 1.500 metros, o que corresponde a 1,5 km, e chega a uma altitude de 211 metros acima do nível do mar. Classificada como de dificuldade baixa, é uma caminhada acessível para todos. O percurso tem início na Via Vecchia Campitelli e foi projetado para oferecer uma experiência tranquila em meio à natureza.

O trajeto da trilha é, em sua maior parte, plano e foi projetado para ser acessível também a pessoas com dificuldades motoras e visuais. Na sua construção, foram empregadas técnicas modernas de engenharia natural e utilizados exclusivamente materiais naturais.

Lendas

A Bruxa do Vesúvio

A lenda da bruxa do Vesúvio conta a história de “Vecchia ‘e Mattavona”, uma feiticeira chamada pelos moradores após a erupção de 1858, quando gritos aterrorizantes eram ouvidos do vale coberto de lava. A bruxa, usando antigos encantamentos, conseguiu silenciar os gritos, devolvendo a paz à região. Essa figura mística ficou conhecida como a bruxa do Vesúvio e inspirou personagens como Amelia, a bruxa das histórias da Disney, que vive nas encostas do vulcão.

Capri e Vesúvio

A lenda de Capri e Vesúvio conta a história de um amor impossível entre o nobre Vesúvio e a bela jovem Capri. Eles se apaixonaram profundamente, mas a rivalidade entre suas famílias os impediu de ficar juntos. Desolada, Capri se jogou no mar, transformando-se na ilha que hoje leva seu nome. Em sua dor, Vesúvio ateou fogo em si mesmo, tornando-se o vulcão. Mesmo separados, eles continuam a se olhar de longe, representando um amor eterno.

As Lágrimas de Cristo

A lenda do vinho “Lacryma Christi” diz que, após Lúcifer roubar uma parte do Paraíso, essa faixa formou o Golfo de Nápoles. Jesus, triste pela perda, chorou sobre o Vesúvio, e dessas lágrimas nasceram as vinhas que deram origem ao vinho. Outra versão conta que Cristo transformou água em vinho para recompensar a generosidade de um eremita que vivia nas encostas do vulcão. Esse vinho era como um néctar.

O nascimento de Vesúvio

A lenda sobre o nascimento do Vesúvio diz que um poderoso mágico, cuja perna estava presa na montanha, vigiava o Golfo de Nápoles. Quando ele finalmente se libertou após um tremor, criou acidentalmente um abismo que liberou fogo e lava, formando o vulcão. Outra lenda, contada pelo Abade Desidério, fala de um frade que viu dois homens alimentando o vulcão com feno para punir homens ricos e maus, como o duque de Nápoles e o príncipe de Cápua, que morreram logo depois.

Ira de Deus

Após a devastadora erupção do Vesúvio em 79 d.C., que destruiu Pompeia e Herculano, surgiu entre os primeiros cristãos a crença de que cada erupção do vulcão era uma manifestação da ira divina. Eles viam esses eventos como punição de Deus contra o povo pagão que vivia nas encostas do Vesúvio, conduzindo vidas dissolutas e entregues aos vícios. Essa interpretação religiosa associava a atividade vulcânica a um castigo pelos pecados cometidos na região.

Pulcinella

Pulcinella é uma figura icônica de Nápoles. De acordo com uma versão mitológica, Pulcinella teria nascido do Vesúvio após a erupção de 1631, simbolizando as características do povo napolitano. A lenda diz que ela surgiu de um ovo expelido pelo vulcão, refletindo tanto as virtudes quanto os defeitos dos habitantes da região. Pulcinella representa a dualidade.

São Januário

Durante a erupção devastadora de 1631, Nápoles foi gravemente atingida, com aldeias ao redor do Vesúvio destruídas. Em um ato de desespero, o busto de São Januário foi levado em procissão e colocado de frente para o vulcão. A lenda diz que, assim que isso aconteceu, o Vesúvio acalmou sua fúria, e São Januário apareceu entre as nuvens, estancando o fluxo de lava. O episódio, registrado nas crônicas da época, reforçou a devoção dos napolitanos ao santo padroeiro.

Como Comprar os Ingressos para Visitar Vesúvio

Para garantir a segurança e preservação do Parque Nacional do Vesúvio, o acesso é limitado a 60 pessoas a cada dez minutos.

Ingressos só podem ser adquiridos online, já que a bilheteria física não vende entradas.

Para comprar os ingressos no site é necessário se cadastrar na plataforma com nome, e-mail e telefone, além de ativar o perfil por e-mail. Não é possível cancelar ou alterar o bilhete, e a entrada permite uma tolerância de 40 minutos antes e 100 minutos após o horário escolhido.

No site, há uma seção onde, uma hora antes de cada entrada, são liberados 10 novos ingressos para o horário seguinte. Por exemplo, às 11h00, são disponibilizados bilhetes para a entrada das 12h00.

https://vesuviopark.vivaticket.it/it

Como Chegar ao Vesúvio

Carro

A partir de Nápoles, siga pela estrada A3 em direção a Ercolano e siga as placas para o vulcão.

Para quem pretende visitar o Vesúvio de carro, é obrigatório reservar o estacionamento pelo site oficial. Veículos de passeio pagam € 6. Compre aqui – https://parkingsuvio.it/

Ônibus

Para ir de ônibus ao Vesúvio, você pode pegar o EAV Bus saindo de Ercolano ou Pompeia. Esses ônibus fazem o trajeto até o Parque Nacional do Vesúvio, com paradas próximas à entrada da trilha que leva à cratera. Para isso, primeiro, pegue o trem Circumvesuviana de Nápoles até Ercolano ou Pompeia, e depois embarque no ônibus. As passagens de ônibus podem ser compradas na estação de trem ou online, e a viagem de ônibus leva cerca de 30 minutos até a base do vulcão.

Excursão

Para visitar o Vesúvio por meio de uma excursão, há várias empresas que oferecem pacotes saindo de Nápoles, Ercolano ou Pompeia. Essas excursões geralmente incluem transporte de ida e volta até a base do vulcão, bilhetes de entrada para o Parque Nacional e, em alguns casos, um guia turístico.

Informações Úteis

Endereço: Sentiero del Gran Cono, 80056 Ercolano NA, Itália

Coordenadas Geográficas: 40.828162753154906, 14.42582060898301

Natureza: Pública

Localização: Rural

Visitação: Sim

Site: https://www.parconazionaledelvesuvio.it/

Entrada: Paga

Valores (2024):

Inteira: 11.68 €

Entrada reduzida: 9.55 € – menores de 25 anos e moradores de uma das 13 cidades do parque.

Gratuito: crianças menores de 6 anos, pesquisadores, jornalistas, guias turísticos, policiais, pessoas com deficiência e seus acompanhantes.

Visita Guiada: Opcional

Horários para visitar a Cratera:

Janeiro, Fevereiro, Novembro e Dezembro: das 09h às 15h;

Março a Outubro: das 09h às 16h;

Abril, Maio, Junho e Setembro: das 09h – 17h;

Julho e Agosto: das 09h às 18h.

Site de Monitoramento Vesúvio: https://www.ov.ingv.it/

Reserva de Estacionamento: https://parkingsuvio.it/

Telefone: +39 0818653911

Email: epnv@pec.it / protocollo@epnv.it

Mapa: Baixe o mapa com todas as trilhas do Vesúvio https://www.parconazionaledelvesuvio.it/wp-content/uploads/2023/11/cartina-turistica-Parco-Nazionale-del-Vesuvio-2023.pdf

Michelangelo

Olá, sou Michelangelo, gosto de explorar destinos novos e autênticos ao redor do mundo. Adoro escrever e compartilhar informações detalhadas sobre os lugares, para que outras pessoas possam se sentir inspiradas e bem informadas para suas próprias aventuras. Acredito que conhecer o mundo é muito mais do que apenas visitar os pontos turísticos; é sobre vivenciar a essência de cada lugar e criar memórias inesquecíveis.

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